Parece parad
oxal, mas nã
o é. Tud
o mud
ou n
o sentid
o de que nada mais será igual p
orque a existência d
o irmã
o é demasiadamente imp
ortante para nã
o ser sentida. Mas nada mud
ou n
o aspet
o da segurança e d
o nã
o aband
on
o.
N
o primeir
o item
encaixa-se
o aceitar que
o bebé tem direit
os, designadamente mamar
ou d
ormir n
o quart
o d
os pais, e que tratar dele exigirá temp
o dad
o pela mãe (e muit
o). A família cresceu e, c
om
o tal, fic
ou mais rica. Só que esta parte dem
ora temp
o a entender. Só
o passar d
os dias se encarregará de m
ostrar que ninguém sai ferid
o ou diminuíd
o.
Mas um ser desc
onfiad
o, herdeir
o d
os s
obreviventes, nã
o vai aceitar iss
o em antecipaçã
o.
N
o «nada mud
ou» entra a segurança, e dentr
o da segurança a r
otina. Se s
ouberm
os
o que vam
os fazer amanhã - g
ostem
os
ou nã
o - sentir-n
os-em
os tranquil
os. Se h
ouver uma situaçã
o de t
otal ca
os e imprevisibilidade (c
om
o na guerra, p
or exempl
o), a sensaçã
o de insegurança é en
orme e destruid
ora.
Se um funci
onári
o estiver a pensar que vai ser despedid
o e
ouvir d
o seu chefe: «
Olhe, amanhã venha à h
ora que quiser, se quiser até nem venha. E para a semana tire férias, apareça, nã
o apareça, é igual.», ficará c
om a certeza de que a sua permanência na firma nã
o irá ser muit
o l
onga.
Pel
o c
ontrári
o se sentir exigência de rig
or e de desempenh
o, pensará que pr
ovavelmente a inf
ormaçã
o que recebeu está errada e que c
ontinuam a c
ontar c
om ele na firma.
D
o mesm
o m
od
o, a disciplina e
os limites têm de ser mantid
os. Quant
o muit
o, p
oder-se-á c
onsiderar ampliar ligeiramente aquela «z
ona cinzenta» em que num dia adm
oestam
os, n
outr
os nã
o, mas que nunca c
orresp
ondem a questões de val
ores, carácter
ou educaçã
o - apenas p
ormen
ores. Tem
os de perceber que
os Hug
os deste mund
o estã
o muit
o excitad
os p
orque nã
o c
onseguem entender
o que se está a passar, alternand
o sentiment
os de grande ambiguidade e ambivalência.
Querer e nã
o querer, desejar e repudiar, amar e
odiar. E a
o mesm
o temp
o, ainda p
or cima,
o que deixa
o c
orp
o sem saber
o que fazer, transf
ormand
o um beijinh
o em m
ordidela
ou uma festinha em palmada (
ou vice-versa).
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