Diz-se haver uma «ansiedade de separação» quando uma criança fica perturbada no momento em que se separa dos pais ou dos cuidadores mais chegados.
Acontece geralmente a partir dos 6-8 meses de idade e dura até cerca dos três anos. Por vezes esta fase pode prolongar-se quando houve um episódio traumático de separação anterior. Se não assume contornos exagerados ou até patológicos, como acontece com a maioria das crianças, a ansiedade da separação é uma forma de a criança se agarrar ao que sente como seguro, num mundo que a ameaça, passando logo que cresça e se aperceba que «não precisa de andar com o "Credo na boca"», porque o mundo, afinal, ainda é um lugar bastante tranquilo.
A ansiedade de separação representa também um sinal de que o bebé desenvolveu vínculos suficientemente fortes com algumas pessoas (geralmente, os pais) e que não encara a separação dado que não a consegue ainda abstrair e viver interiormente sem o estímulo da presença física como um evento agradável, securizante ou sem risco.
A convicção dos pais (ou a falta dela!) no momento da despedida, a repetição dos eventos, a devida preparação dos mesmos e a progressiva aprendizagem do «carregar os nossos e vivê-los, dentro de nós», levará a que a criança aceite, com uma crescente tranquilidade, a separação física dos seus queridos.
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